quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Todos criamos monstros que dilaceram Sonhos"


Quantos monstros imaginários foram arquivados nos subsolos da sua mente, furtando seu prazer de viver e dilacerando seus sonhos? Todos temos monstros escondidos por detrás da nossa gentileza e serenidade.
A maneira como enfrentamos as rejeições, decepções, erros, perdas, sentimentos de cuopa, conflitos nos relacionamentos, críticas e crises profissionais pode gerar maturidade ou angústia, segurança ou traumas, líderes ou vítimas. Alguns momentos geraram conflitos que mudaram nossas vidas, ainda que não percebamos.
Algumas pessoas não se levantaram mais depois de certas derrotas. Outras nunca mais tiveram coragem de olhar para o horizonte com esperança depois de suas perdas. Pessoas sensíveis foram encarceradas pela culpa, tornaram-se reféns do seu passado depois de cometerem certas falhas. A culpa as asfixiou.
Alguns jovens extrovertidos perderam para sempre sua auto-estima depois que foram humilhados publicamente. Outros perderam a primavera da vida porque foram rejeitados por seus defeitos físicos ou por não terem um corpo segundo o padrão doentio de beleza ditado pela mídia.
Alguns adultos nunca mais se levantaram depois de atravessar uma grave crise financeira. Mulheres e homens perderam o romantismo depois de fracassarem em seus relacionamentos afetivos, após terem sido traídos, incompreendidos, feridos ou não amados.
Filhos perderam a vivacidade nos olhos depois que um dos pais fechou os olhos para a existência. Sentiram-se sós no meio da multidão. Crianças perderam sua ingenuidade depois da separação traumática dos pais. Foram vítimas inocentes de uma guerra que nunca entenderam. Trocaram as brincadeiras pelo choro oculto e cálido.
A complexidade da mente humana nos faz transformar uma borboleta num dinossauro, uma decepção num desastre emocional, um ambiente fechado num cubículo sem ar, um sintoma físico num prenúncio da morte, um fracasso num objeto de vergonha.
Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta (Foucault, 1998). Não podemos nunca esquecer que os sonhos, a motivação, o desejo de ser livre nos ajudam a superar esses monstros, vence-los e utilizá-los como servos da nossa inteligência. Não tenha medo da dor, tenha medo de não enfrentá-la, criticá-la, usá-la.

Do livro “Nunca desista de seus Sonhos”
Autor: Augusto Cury

Oração de São Francisco de Assis

quarta-feira, 31 de março de 2010

Vídeo Lenda das Sereias

As Sete Linhas ou Vibrações

Para entender um pouco mais a Umbanda devemos conheçer as linhas ou vibrações. Uma linha ou vibração, equivale a um grande exército de espíritos que rendem obediência a um "Chefe". Este "Chefe" representa para nós um Orixá e cabe a ele uma grande missão no espaço.
Cada linha compõe-se de sete legiões, tendo cada legião o seu chefe. Cada legião divide-se em sete grandes falanges, que por sua vez também tem um chefe (Orixá menor) e cada falange divide-se em sete falanges menores e assim por diante, obedecendo a um critério lógico. Agora apresentaremos as linhas e seus Orixás com os seus respectivos chefes de legiões.
1 - LINHA DE OXALÁ ou ORIXALÁ
2 - LINHA DE IEMANJÁ
3 - LINHA DE XANGÔ
4 - LINHA DE OGUM
5 - LINHA DE OXOSSI
6 - LINHA DE YORI
7 - LINHA DE YORIMÁ

Leia Mais

Hino Oficial da Umbanda

Refletiu a luz divina
Com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor.

Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio, de Aruanda
Para todos iluminar.

A Umbanda é paz e amor
É um mundo cheio de luz
É a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá
Levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá

"História da Umbanda"

Foi então que em fins de 1908, uma família tradicional de Neves, Niterói – RJ, foi surpreendida por uma ocorrência que tomou aspectos sobrenaturais: o jovem Zélio Fernandino de Moraes, acometido de estranha paralisia, que os médicos não conseguiam debelar, certo dia ergueu-se do leito e declarou: ”amanhã estarei curado“.
No dia seguinte, levantou-se normalmente e começou a andar, como se nada lhe houvesse tolhido os movimentos. Contava 17 anos de idade e preparava-se para ingressar na carreira militar da Marinha.
A medicina não soube explicar o que acontecera.
Os tios, sacerdotes católicos, colhidos de surpresa, nada esclareceram. Um amigo da família sugeriu então uma visita à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. O jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa. Tomado por uma força estranha e superior à sua vontade, e contrariando às normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, o jovem levantou-se, dizendo: ”aqui está faltando uma flor“, e saiu da sala indo ao jardim, voltando logo após com uma flor, que depositou no centro da mesa.
Esta atitude insólita causou quase que um tumulto. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns Kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios. Foram convidados a se retirarem, advertidos de seu estado e atraso espiritual.
Novamente uma força estranha dominou o jovem Zélio e ele falou, sem saber o que dizia. Ouvia apenas a sua própria voz perguntar o motivo que levava os dirigentes dos trabalhos a não aceitarem a comunicação daqueles espíritos e do porquê em serem considerados atrasados apenas por encarnações passadas que revelavam. Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura. Um médium vidente perguntou:

”por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome irmão?
o espírito desconhecido falou: ”Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (15 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir a missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim não haverá caminhos fechados. O vidente retrucou: ”Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto? Perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse: ”cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei“.
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na Rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar à hora marcada, 20:00 horas, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20:00 horas, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social. A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.
O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 horas às 22:00 horas; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.
Zélio Fernandino de Moraes dedicou 66 anos de sua vida à Umbanda, tendo retornado ao plano espiritual em 03 de outubro de 1975, aos 83 anos, com a certeza de missão cumprida. Seu trabalho e as diretrizes traçadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas continuam em ação através de sua filha Zilméa de Moraes, hoje dirigente da casa fundada pelo Caboclo das sete encruzilhadas, TENDA ESPÍRITA NOSSA SENHORA DA PIEDADE, onde desenvolve um trabalho com todo amor pela Umbanda que traz em seu coração, fazendo de nossa religião uma árvore frondosa que está sempre a dar frutos a quem souber e merecer colhê-los.
Numa sessão de desenvolvimento e estudos, o Caboclo das Sete Encruzilhadas escolheu sete médiuns para fundarem os novos Templos, que assim ficaram constituídos, com nomes de santos católicos.

•Tenda Nossa Senhora da Guia , com Durval de Souza, Rua Camerino, 59, Rio de aneiro.
•Tenda Nossa Senhora da Conceição, com Leal de Souza.
•Tenda Santa Bárbara , com João Aguiar.
•Tenda São Pedro , com José Meireles, Praça 15 de Novembro, sobrado, Rio de Janeiro.
•Tenda de Oxalá, com Paulo Lovois, Av. Presidente Vargas, 2567, Rio de Janeiro.
•Tenda de São Jorge, João Severino Ramos, Rua Dom Gerardo, 45, Rio de Janeiro.
•Tenda São Jerônimo, com José Álvares Pessoa (Capitão Pessoa), Rua Visconde de Itaboraí, 8 - Rio de Janeiro.

Movimento Umbandista
O final do século XIX, é marcado, no Brasil, por um grande balanço social devido a libertação dos escravos e a instauração da República. Nesta altura o mediunismo já invadia os cultos deturpados e miscigenados entre os indígenas e os escravos africanos.
O vocábulo UMBANDA foi lançado, em geral, em locais pouco freqüentados. Quando não, diziam as entidades que a Umbanda era um movimento novo, que iria se espalhar por todo o Brasil, trazendo esperança, secando lágrimas, espargindo compreensão, amor, ascendendo a fé que há muito se apagara em muitas infelizes criaturas. Iniciou-se então um movimento silencioso, mas contínuo de LUZ contra as SOMBRAS.
Muitos umbandistas citam que o advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas é o Marco Oficial da Umbanda.
Alguns anos antes desse evento, muitas entidades já se manifestavam, aqui e ali, trazendo as primeiras sementes da Umbanda e preparando para o dia em que o Caboclo das Sete Encruzilhadas ”organizasse o culto“.
Dentre esses vanguardeiros, merece destaque inicial o Caboclo CURUGUÇÚ, enviado de Ogum, que preparou por vários e vários anos o advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas (relato do jornalista Leal de Souza, umbandista ”leal“ e diretamente ligado a Tenda Nossa Senhora da Piedade).

• Em 1934 há relato que um médium de nome Olímpio de Melo, oriundo de Magé (mulato alto, magro) que praticava a ”linha de Santo de Umbanda“ há mais de 30 anos (portanto desde 1904 mais ou menos) e que trabalhava com um Caboclo Ogum de Lei, com um Preto-Velho, de nome Pai Fabrício e com um Exu de nome Rompe-Mato;
• Em 1935 também o velho Nicanor (com 61 anos de idade) num sítio em Costa Barros, que sempre afirmava orgulhosamente que, desde 16 anos de idade, já recebia o Caboclo Cobra-Coral e Pai Jacó e que desde o princípio, as suas sessões ”era no giradô da linha branca de Umbanda, nas demandas e na caridade (postanto desde 1890, segundo suas afirmativas;

• Em 1940, Orlando Cobra-Coral (nome de sua entidade de cabeça), em Belford Roxo, que dizia praticar ”Umbanda Branca“, já há 27 anos, portanto desde 1913;