segunda-feira, 28 de junho de 2010

Consciência - Pergunta nº 68

Durante certas reuniões mediúnicas, principalmente as de atendimento espiritual a casos de obsessão, os benfeitores, em conjunto com os médiuns, erguem uma barreira vibratória de natureza magnética para evitar a entrada de entidades indesejáveis. Apesar desse cuidado, espíritos descomprometidos com os trabalhos poderiam interferir a ponto de prejudicar os trabalhos?

As barreiras magnéticas ou campos de força que isolam os trabalhos espirituais encontram seu combustível no próprio ambiente das reuniões, nos médiuns e em seu psiquismo, que deve estar sintonizado com os elevados propósitos do mundo oculto. Portanto, a construção de tais campos de força será mais eficiente quanto maiores forem os recursos oferecidos pela corrente mediúnica e pelo comprometimento de cada um com as questões espirituais. Naturalmente, quando um ou mais integrantes estiverem desconectados com os ideais sublimes ou desqualificados psíquica e emocionalmente para a atividade, as barreiras vibratórias e magnéticas serão menos eficazes. Nelas se formarão brechas, através das quais espíritos indesejáveis poderão penetrar, inclusive interferindo no psiquismo desses irmãos que não estão sintonizados com os objetivos superiores da tarefa – e, por conseguinte, de todo o grupo, em alguma medida.
Assim, embora a segurança dos trabalhos esteja sob a coordenação dos benfeitores e guardiões do mundo oculto, a força de manutenção dessa barreira energética depende exclusivamente da equipe de encarnados, de meus irmãos médiuns. Cada médium contribui com seu potencial mental e emocional para o erguimento, a formação e a manutenção dos campos de energia sutis que isolam o ambiente espiritual dos elementos discordantes.

Do Livro Consciência de Robson Pinheiro.

Quebra - Cabeça

Mediunidade é assim: os espíritos precisam encontrar, no arcabouço mental do médium, as peças do quebra-cabeça que querem montar. E se valem tanto de elementos do consciente como do inconsciente; da memória atual ou pregressa. Costumo dizer que a mediunidade funciona como as criança brincando de Lego. Os espíritos podem abusar da criatividade para arranjar as peças de que dispõem. Contudo, se querem uma peça que não existe, têm que mandar comprá-la. Isto é, quando necessitam transmitir algo, e nada há no psiquismo do médium que possa ser utilizado para tal, precisam incentivá-lo a adquirir aquele conhecimento.
Lembro-me de uma ocasião em que Joseph indicou a Robson um livro chamado Universo Elegante. O médium se dirigiu à livraria e deparou com algo pior do que imaginava: um livro sobre a teoria das super-cordas, tópico recente no estudo da física quântica e da astronomia. Com dor no coração, pois o livro não era barato, ele comprou. (E há quem reclame que os livros espíritas são caros... nunca entraram numa livraria não especializada, imagino). Ao iniciar a leitura, pensou alto: “Não estou entendendo nada”.
_Não precisa! Basta ler e alimentar sua mente com esses conhecimentos – ouviu do espírito Joseph Gleber, à distância, porém sempre muito atento ao médium.
Após a terceira ou quarta página, de novo o espírito:
- Vamos escrever. Pegue agora papel e caneta.
- Mas eu mal comecei a ler!
- Não interessa. O que leu já é suficiente para transmitir o que pretendo.