sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Quem é o Ogã?

É um    médium responsável pelo canto e pelo toque.
Qual sua importância no terreiro de Umbanda?
Ocupa um cargo de suma importância e de responsabilidade dentro dos rituais de Umbanda, pois ele é quem conduz a Curimba (conjunto de vozes e toques do atabaque) ajudando nos trabalhos com seus toques e cantos saudando os Orixás, chamando as entidades (guias) e quebrando qualquer energia negativa que esteja no terreiro.
Além disso, imagine um terreiro sem o som do atabaque, apenas com os cantos. Não seria a mesma coisa. A gira não teria tanta força e beleza!
Firmeza antes de começar os trabalhos:
Em toda casa existe um Ogã chefe, este, antes dos pais de santo iniciarem o trabalho, precisa junto com os outros Ogãs fazerem um prece direcionada aos orixás, mas principalmente para a linha que vai estar em Terra durante os trabalhos (exemplo: linha dos marinheiros). Independente da linha que estiver em Terra, os Ogãs não podem nunca esquecer de saudar os boiadeiros, pois estes são os guias que "cuidam" do atabaque.
Observação: É muito importante que o Ogã esteja em sintonia com a gira durante os trabalhos. É preciso que ele mantenha a concentração no que esta fazendo (tocando), esteja bem espiritualmente e esqueça durante a gira de qualquer problema e negativismo que estiver passando pela sua cabeça para que não haja um deslize de concentração, não saia do ritmo e não passe para os outros os seus problemas.
O Ogã, o atabaque, a Curimba, são peças fundamentais em toda e qualquer gira de Umbanda!

Os Sete Raios


Os Raios são expressões de energia com características especiais e distintas. São chamados na Bíblia de “Espíritos diante do Trono de Deus” e são assuntos um tanto misterioso e pouco claros para o mundo atual.
Anualmente cerca de 10 bilhões de habitantes na Terra e/ou utilizando este planeta como ambiente de aprendizagem. Cada um desses seres pertence a um dos Sete Raios ou divisões da vida.
a uma dessas almas tem, portanto, no seu âmago, determinadas tendências, peculiaridades, aptidões ou inclinações latentes de um desses grandes Raios. Todas as pessoas acumularam conhecimentos de um ramo específico num determinado Raio.
As pessoas sentem-se satisfeitas e felizes quando estão juntas em vibração e de alguma forma familiarizadas.
 luz branca, emanada do Criador, se divide em sete raios principais e cada um deles possui muitas virtudes e atributos específicos.
zul : poder;
Dourado : sabedoria;
Rosa : amor;
Branco : pureza;
Verde : cura;
Rubi : devoção;
Violeta : transmutação.
No Plano Divino - no Reino Celestial como sobre a Terra - tudo está dividido em seções de SETE ou em Sete Raios. Os Sete Raios correspondem a todas as atividades da vida que nós seres humanos temos que desenvolver para alcançarmos a mestria e o domínio individual. Cada um desses raios são dirigidos por um Mestre Ascenso, um Arcanjo e um Elohim.
A esfera de atividade destes raios e seus Diretores são:
1o raio é azul e representa a Vontade de Deus, fé, proteção, força e poder. O Mestre Ascensionado El Morya - que editou a "Ponte para a Liberdade - é o Diretor. As pessoas que pertencem a este raio estão, geralmente, na chefia e possuem ilimitadas forças de poder e capacidade de "executar alguma coisa".
2o raio é cor de ouro e representa Sabedoria, equilíbrio e iluminação. Exercia esta função o Mestre Ascensionado Kuthumi até a Sua ascensão como Instrutor do Mundo, juntamente com o Mestre Jesus. O Mestre Ascensionado Lanto sucedeu o Mestre Kuthumi tendo sido também elevado ao cargo de Instrutor do Mundo. O Mestre Ascensionado Confúcio é o atual Diretor deste raio que é relacionado com professores, ensinamentos - e pessoas de coração compreensivo.
3o raio é rosa e representa o Amor Divino, adoração, beleza e fraternidade. A Mestra Ascensionada Rowena é a Diretora deste raio. As pessoas que a ele pertencem amam a beleza em todas as formas de expressão e são amáveis e compassivas.
4o raio é branco e representa a Pureza, a ressurreição e a ascensão. É seu Diretor o Mestre Ascensionado Serapis Bey. As pessoas que pertencem a este raio são artistas, músicos, arquitetos e são dotados de grande perseverança.
5o raio é o raio verde da Verdade, da precisão da Lei. É dirigido pelo Mestre Ascensionado Hilarion; foi Ele o conhecido Paulo, da Bíblia. Em geral pertencem a este raio os cientistas, médicos, irmãs de caridade e curadores.
6o raio é de cores vermelho-rubi e ouro, e representa a Paz, colaboração e dedicação à vida. O Mestre Jesus era seu Diretor até há pouco tempo, quando foi Ascensionado a Instrutor do Mundo. Atualmente é a Mestra Nada que ocupa o cargo de Diretor do 6o Raio. Sua capacidade especial é o Amor. Freqüentemente, os que pertencem a este raio são sacerdotes, assim como pessoas com desejos ardentes, no culto divino, em servir a humanidade, e muitas vezes sem colher reconhecimento pelos serviços prestados.
7o é o raio violeta da misericórdia, transformação e Liberdade. Quem rege este raio é o Mestre Ascensionado Saint Germain, que o fará durante os próximos dois mil anos, sobre a Terra. A Chama Violeta é o instrumento que TRANSFORMA todo erro e forças imperfeitas em Perfeição. Quando a humanidade usar este instrumento com acerto e ritmicamente, a Terra será salva. As pessoas que pertencem a este raio possuem muitas aptidões e em todos os aspectos grande amor pela Liberdade.
O RAIO DE CADA UM
Quando viemos à luz neste mundo, na primeira inspiração, os átomos do ar ambiente em perfeita sintonia com as "vibrações" cósmicas (ou os raios de luz dos astros celestes), penetrando com ímpeto em nossos pulmões, produzem marcas indeléveis em nossos registros etéricos que vão dar a tônica da experiência encarnatória que se inicia neste momento. Estas marcas são as chaves do nosso caráter e "caráter é destino".
Tudo se processa em perfeita harmonia com os nossos merecimentos, decorrentes das ações, pensamentos e sentimentos sustentados ao longo de nossa peregrinação pelo universo manifestado. Tudo de acordo com a nossa necessidade de evolução espiritual. Fugir desta grande lei, chamada Lei do Carma, é impossível. Conhecê-la e vivenciá-la, usando nossa divina capacidade de transmutação, é a própria libertação.
Temos então no estudo da "carta natal", que é o desenho do mapa celeste das posições dos astros em relação ao momento e local em que a pessoa nasce, uma maneira segura e precisa de conhecer profundamente nossos talentos, habilidades, tendências, enfim virtudes e vícios que já trazemos para a presente experiência. Os acontecimentos, relacionamentos, encontros e despedidas da vida terrena são pois decorrentes deste conjunto de energias acumuladas pela alma. Nada nos acontece sem o devido mérito ou a necessidade de alcançar a Luz Maior.
Todavia, neste mundo tudo é passageiro, transitório, efêmero, ilusório: é "maya". Nesta vida presente, nascemos num determinado signo solar, de acordo com a faixa vibratória que a Terra atravessava no momento de nosso nascimento. Na encarnação anterior, provavelmente, o signo era outro. Assim, alternadamente, vamos conhecendo cada um dos doze atributos do nosso Sistema Solar e desenvolvendo as qualidades características deste Universo.
Houve, porém, um nascimento bem mais significativo, muito antes de havermos iniciado a peregrinação pelo Universo manifestado, ou ronda encarnatória. Trata-se do momento em que fomos exalados do coração de Deus-Pai-Mãe como emanações de vida ou Chispas Divinas, Raios de Luz. Quando criadas, as Chispas Divinas se desdobram em duas chamas, conhecidas como Chamas Gêmeas. Então percorrem as Sete Esferas Interiores e escolhem em qual delas irão servir.
Portanto, antes mesmo da primeira encarnação, neste ou noutro mundo, a emanação de vida já traz em si, como característica inerente, um dos Sete Raios. É muito importante, para quem deseja avançar velozmente pela senda espiritual, que se conheça a que Raio pertence, pois as características deste raio são permanentes em nossa aura e irão determinar nossas esferas de atividade vida após vida e até mesmo, e principalmente, após a nossa Ascensão na Luz. Cabe ressaltar que, embora pertencendo a determinado raio, podemos servir em outras esferas e com isso iremos desenvolvendo outras cores em nossa aura.
Ocorre às vezes que, devido aos serviços prestados em outros campos de atividade, o Corpo Causal do indivíduo traz uma acentuada faixa de um ou mais raios, podendo confundir um observador externo, ou vidente. A maneira mais segura de se conhecer o raio de origem é através do estudo e da experiência individual, isto é, através da revelação interna. Isto pode ser alcançado pela prática da meditação e demora mais ou menos tempo, dependendo da experiência e empenho de cada um.
A DESCOBERTA DO RAIO INDIVIDUAL
Uma das maneiras mais fáceis de sabermos nosso raio de nascimento, é descobrirmos o dia da semana de nosso nascimento, a partir daí, poderemos começar um estudo mais aprofundando sobre a natureza e influencia dos Raios em nossa vida.
Digite a data do seu nascimento:
Eu Nasci Numa: Quinta – feira.
Todos os seres que estão vivenciando a escola terrena estão ligados a um determinado Raio, sendo assim ajudados, diretamente, pela Luz no seu caminho evolucionário.
Além de termos características e tendências ligadas ao nosso Raio de trabalho, essas energias divinas estão ligadas aos nossos signos, preferências, qualidades, e até mesmo o que necessitamos melhorar no nosso aprendizado, pode ser aí identificado.
Existe um fato muito importante que não devemos esquecer: muitas vezes, nossos signos estão ligados a um Raio ao qual não nos sentimos muito ligados. Isto se deve ao fato de que muitos possuem um Raio principal e outro secundário ligando ao trabalho de crescimento. De tempos em tempos, as tendências também podem ser modificadas se o aprendizado num determinado Raio já estivar concluído. Então, outro Raio entrará em ação.
Por isso, é aconselhável, além de todas as indicações das tendências, procurar uma sintonia interna. Esta sim é verdadeira. O que nossa intuição disser, aí está a verdade.
Podemos identificar em que Raio estamos interagindo, seguido alguns princípios e condições estabelecidos como indicadores.
Com a finalidade de harmonizarmos estes fatores, vamos acrescentar aos sete Raios (chamados de “Raios da Precipitação”) denominados anteriormente, mais cinco Raios (chamados de “Raios de Unificação”). Na verdade, para esclarecimentos, já existem outros Raios sendo trabalhados no mundo, além desses.
Existem maneiras de se acelerar este processo e um deles é a Novena dos Sete Raios. O estudante deve escolher um determinado horário do dia, aquele que mais lhe convier, e repetir diariamente cada uma das invocações aos Diretores dos Raios durante nove meses seguidos. Assim, atrairá a si a vibração de cada Raio e terminará percebendo com qual deles se sintoniza melhor.
INVOCAÇÕES AOS DIRETORES DOS RAIOS
EL MORYA
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Fé iluminada do Bem-Amado Mestre Ascensionado El Morya, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
CONFÚCIO
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Sabedoria do Bem-Amado Mestre Ascensionado Confúcio, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
ROWENA
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida do Amor e Adoração da Bem-Amada Mestra Ascensionada Rowena, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
SERAPIS BEY
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Pureza e Esperança do Bem-Amado Mestre Ascensionado Serapis Bey, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
HILARION
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Consagração e Concentração do Bem-Amado Mestre Ascensionado Hilarion, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
ADA
EU SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Cura e Ministério da Bem-Amada Mestra Ascensionada Nada, hoje em atividade no meu ser e em meu mundo. (três vezes)
SAINT GERMAIN
 SOU EU SOU EU SOU a Ressurreição e a Vida da Misericórdia e Purificação do Bem-Amado Mestre Ascensionado Saint Germain, hoje em atividade no meu ser e em eu mundo. (três vezes)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Umbanda

Única religião genuinamente brasileira, a Umbanda tem origem na Atlantida e ressurgiu, em Niterói , em 1908, trazida pelo CABOCLO SETE ENCRUZILHADAS, através do médium ZÉLIO DE MORAES.
Prega a harmonia do homem com todos os reinos da Natureza, aos quais respeita e por isso NÃO FAZ SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS, não preconceitua qualquer religião, não se apregoa como a única portadora da VERDADE DIVINA e ensina a seus seguidores humildade, altruísmo, honestidade, fraternidade, liberdade, igualdade e Fé.
A publicação do LIVRO DOS ESPÍRITOS, por ALLAN KARDEK em 1857, na França, provocou uma febre nas pessoas cujos dons mediúnicos passaram a ter explicações e não mais o simples diagnóstico de loucura. Contudo, trazido ao Brasil por nobres e burgueses, o espíritismo, praticado em reuinões com as pessoas sentadas em volta de uma mesa com toalha, por isso denominada MESA BRANCA, tornou-se elitizado e quando médiuns transmitiam comunicações de espíritos que se diziam índios, ex-escravos e gente do povo, eram acusados de praticar o baixo-espiritismo e convidados a abandonar a mesa. Onde trabalhar?
Pior quadro ainda dava-se com os escravos recém-libertos que ainda mais preconceituados sequer podiam se aproximar destas sessões.
Além disso, a QUIMBANDA ou MAGIA NEGRA, surgida na Lemúria era praticada e , ainda que sem a força do início, muito perigosa.
Por isso, a UMBANDA ou MAGIA BRANCA, precisava ressurgir e o Brasil, por ser a maior pátria mediúnica do planeta foi a escolhida pelos Protetores Planetários.
A Umbanda retornou para combater a Quimbanda e para terminar com o preconeito das ditas Mesas Brancas.
Mas sofreu e sofre a mistura com o Candomblé, religião africana , praticada pelos escravos e ex-escravos. Estes trouxeram a roupa branca, as guias, a atabaque(embora, na tenda de Zélio de Moraes estes não fossem usados), e rituais que não pertencem à Umbanda.
Como a Umbanda carece de uma codificação e são muitas as tendas e centros. Cada grupo define sua sistemática.
Existindo tantas práticas diferentes que temos da Umbanda ao Candomblé, passando por Umbamblés e Candombandas.
Mas Umbanda mesmo é aquela que foi ensinada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas que não mata animais, não arrisca a Natureza, não cobra qualquer atendimento, não usa atabaques,não exige obrigações de seus seguidores.
Mas exige o esforço para a reforma íntima, o respeito à Natureza, o respeito a todos os seres vivos, Mônadas, Minerais, Vegetais, Animais, Elementais, Hominais e Extra-Terrestres.
Como disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas, toda e qualquer entidade interessada em trabalhar para o Bem, sob a Luz do Evangelho de Jesus, tem lugar na Umbanda.
Assim, as LINHAS PRIMÁRIAS DA UMBANDA(CABOCLOS, PRETOS-VELHOS E CRIANÇAS) trabalham ao lado de BAIANOS, BOIADEIROS, MARINHEIROS, CIGANOS, EXUS, POMBAS-GIRAS E CRIANÇAS DA ESQUERDA.
Bem como ao lado de Espíritos de Luz ditos do Kardecismo, do Budismo, do Reiki, do Xamanismo, de Extra-Terrestres, etc.
Casa do Consolador.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CHEFIA

Com alguma regularidade, chegam até nós solicitações de médiuns de todo país para serem consagrados sacerdotes de Umbanda. Contam suas histórias, algumas bem “mirabolantes”, cheias de pirotecnia, mas a grande maioria também, não nos falam de tempo de trabalho em terreiro, orientações consistentes de guias e protetores e experiência mediúnica prática.
Geralmente falam que estão insatisfeitos com o terreiro em que se encontram, que o dirigente não tem conhecimento de causa, que não concordam com a forma como os trabalhos são dirigidos, se sentem colocados em segundo plano e/ou que receberam ordem de seu caboclo ou preto velho para abrir um terreiro.
Agravam-se estes queixumes quando os pretendentes à consagração sacerdotal não aceitam os ritos do terreiro que estão vinculados, achando-se melhor que todos os demais, preparados, coisa e tal. Não é incomum, imputarem ao chefe de terreiro como deve ser a sua vida pessoal fora do centro, num patrulhamento "moral" pior que o da inquisição, como se para estar a frente de um congá tivéssemos que ser um Francisco de Assis, Chico Xavier ou Gandhi. Muitas vezes, estas criaturas se preocupam mais com os outros que com elas mesmas, e por sua rigidez psicológica, acabam sendo eternos insatisfeitos, pois mudam regularmente de agrupamento e nunca encontram satisfação de suas almas, dado que condicionam ao exterior e aos outros sua felicidade e bem estar espirituais, esquecendo-se de olharem para dentro de si mesmos.
Alegam possuírem humildade, quando percebe-se claramente que é uma “falsa humildade”, pois estão, na realidade movidos pela vaidade, prepotência e/ou aspiração de poder e o status de pai ou mãe no santo. Ah! Se esses médiuns pudessem compreender as dificuldades e profundas responsabilidades que vem com esse pretenso “poder”!!!
Em função disso, resolvi escrever esse artigo que visa apenas chamar a atenção daqueles que acham ou acreditam que num passe de mágica se dá a coroação ou consagração de um sacerdote umbandista. Em primeiro lugar se deve deixar bem claro que Umbanda Consagra e que “fazer o Santo” não é ritual de Umbanda.
Aos que acreditam que a consagração se dá através apenas de vontade de ser consagrado, pode “tirar o cavalinho da chuva”, porque não se aprende em livros, cursos e escolas. Umbanda se aprende dentro do terreiro, em cada consulta, em cada gira, em cada atividade social, em cada louvação a Orixá. Nada substitui e nem é maior do que a bênção da orientação confirmada das entidades que nos orientam, e essa orientação sempre estará relacionada a maturidade mediúnica demonstrada pelo médium para com a sua banda e para com o trabalho da Umbanda, o que não ocorrerá da noite para o dia. Portanto, nada! Guia, protetor ou mentor algum irá dar essa orientação se o médium tiver recém ingressado nas linhas de trabalho da Umbanda. É necessário um tempo de preparação interiorizando- se a essência da umbanda, sua simplicidade, amor e caridade. Uma vez que todos eles – os Guias, Protetores e Mentores, sabem a importância para seus médiuns em vivenciarem as etapas necessárias no aprendizado até chegarem a uma Consagração Sacerdotal.
Na realidade existe uma “coisinha” que chamo de “coroa de chefia”. Trata-se apenas de um termo que uso para diferenciar os grupamentos de médiuns.
O termo Consagração quer dizer aprovação, ou seja, outorga espiritual da Banda que acompanha o médium, bem como da Cúpula Espiritual da Casa onde o médium faz parte da corrente. Quando chega a hora a entidade chefe do médium começa a sinalizar consistentemente que “alguma coisa” precisa ser feita. Lentamente, vai se formando no mental do médium os caminhos que deve trilhar para descobrir o que é essa “alguma coisa”. Através do tempo, da consistência de trabalho, tudo começa a ficar mais claro no mental do médium, que deve se dirigir ao seu sacerdote e dividir com ele as suas orientações (isso quando o seu próprio guia não o faz). Pai Pena Branca sempre fala que não adianta querermos avançar se não dominamos nem o simples, o trivial, o cotidiano.
Assim, com as devidas particularidades de cada um, aconteceu com todos os dirigentes consagrados no CECP. Todos trazem essa missão, todos trazem a “coroa de chefia” em seus oris. Todos passaram por ritos litúrgicos dentro do CECP. E todos eles, mesmo com suas experiências individuais de anos de trabalho, tiveram humildade suficiente para ver a necessidade de serem consagrados. E mesmo assim, perseveraram! Isso é um fator determinante para ser um sacerdote da Egrégora de Pai Pery ou em qualquer terreiro que leve a Umbanda a sério. É aí que deve sempre nortear o caminho do médium o desejo sincero de servir, pois na sabedoria assim se diz: “Quando o discípulo está preparado o mestre aparece.”
Em nenhum deles houve o sacrifício de animal e nada lhes foi cobrado financeiramente ou materialmente. Entretanto, muito lhes foi exigido de dedicação, conhecimento, experiência e humildade mediúnicos, coisas que para eles foi absolutamente natural, pois traziam em seu ori e já eram de fato sacerdotes, só faltava serem de direito.
Esta preparação sacerdotal culminou no ato da benção com a mão sobre o coronário do consagrado, mas iniciou muito antes, encarnações e encarnações forjando o espírito para este momento existencial cármico de extrema responsabilidade. Por isto, não basta querer ser, "estar sacerdote". O espírito tem que SER verdadeiramente, vibrar em sua natureza de dentro para fora, para que o rito externo seja uma consolidação, um meio de ligação e assentamento no plano material de sérios compromissos espirituais assumidos de longa data pretérita.
Outro fator interessante de ser ressaltado é que nem todos que eu tenho a graça de visualizar a “coroa de chefia”, são para serem consagrados por essa egrégora, pois como nós sacerdotes sempre precisamos aprender mais e trocar conhecimentos, é necessário uma egrégora unida e para isso afinidade de pensamento e orientação missionária entre os mentores de cada Casa. É necessário que haja união, empatia e afinidade entre nós todos, os sacerdotes, pois apesar de eu ser o veículo utilizado materialmente pelo Alto para consagrá-los, não me posiciono “acima” deles, pois sou apenas o elo de ligação material entre todos. Quando os médiuns estão em sintonia com a Egrégora e fazendo juz a uma consagração por tudo o que já foi exposto acima, eles entenderão que muito mais que estar na Casa ou ser consagrado pelo Mentor da Casa, ele em si é a própria Casa, são uma semente Dela, uma extensão da mesma. Sendo cada qual uma viga importante da viga mestra dessa construção. Então, nesse contexto, na Egrégora de Pai Pery, a vitória de um é a de todos, como no Centro Orixalá.
Isso explica e justifica médiuns que saem do CECP para serem consagrados em outras Casas e também os que buscam o CECP e vemos (eu e/ou o médium) que não há afinidade de propósitos suficientes que o leve a ingressar nessa egrégora. E entrar na Egrégora de Pery é atravessar um Grande Portal, onde a senha para o mesmo é caridade, caridade, caridade. Por isso é bom cada qual refletir ante ao que o move.
Eu não brinco de consagrar dirigente! E não adianta ficar “batendo pezinho”! E nem sair falando que eu não tive competência de enxergar a sua “coroa de chefia” maravilhosa e o grande dirigente que eu “perdi”! Não estou aqui para agradar encarnado! Meu compromisso é com os guias, protetores, mentores e Orixás. Até porque a sua “coroa de chefia” pode realmente ser maravilhosa, espetacular, linda de morrer, enorme, etc... Mas se não houver afinidade missionária, não dá prá ser. Se eu não receber ordem direta do Alto, não vai acontecer. Aí sugiro que procure outro sacerdote para consagrá-lo, sem magoas ou melindres. Até porque o verdadeiro futuro sacerdote não tem tempo a perder.
Temos que respeitar a afinidade de cada criatura. Afinal, na umbanda que praticamos um sacerdote não prescinde de ser médium, ao contrário de outras religiões e cultos, que a consagração sacerdotal não tem como pré-requisito a mediunidade. Assim, se o que te move ao encontro da insígnia sacerdotal são os títulos de mago, mestre, babalorixá, yalorixá,...; natural que deva procurar outro terreiro mais afim com seus anseios espirituais, mesmo que não seja na umbanda. Assim também muitos vêm para a umbanda de outros cultos, como o pólen das flores que se espalham num imenso jardim existencial, plasmado pela diversidade das almas neste planeta. Afinal de contas como dissera certa vez Pai Sete Flechas: “a Umbanda não é um show! E se há algum filho na corrente com essa intenção digo desde já, que está em local errado! Não tendo a Umbanda nascido ainda em seu coração.”
Minha preocupação maior sempre será manter essa egrégora unida para ser forte, pois não é objetivo da egrégora ter 200 terreiros filiados, mas sim a qualidade de trabalho, que só se dá com afinidade de propósitos de expandir a caridade, respeitando o livre-arbítrio de cada um, as orientações dos mentores de cada um, a experiência de cada um, tendo sempre em mente as orientações primeiras de Pai Pery, que são: jamais haver nenhum tipo de cobrança por nada sagrado (consultas, trabalhos, passes); jamais haver sacrifício de animais em rituais abertos ou fechados e não haver ingestão de bebida alcoólica por parte do médium incorporado, por fugir completamente ao que se chama prática da caridade.
Portanto, não houve em nenhum dos casos fórmula mágica! Plim! Agora você é um sacerdote! Houve trabalho, muito trabalho antes disso. Eles foram médiuns de trabalho! Limparam terreiro (faxina mesmo), deram muita consulta, cuidaram muito dos terreiros que se desenvolveram. Nada foi de “mão beijada”, mas foi natural em suas vidas.
Com tudo isso explicado, espero que antes de nos procurarem em nossos terreiros ou nos enviarem um e-mail cheio de empáfia e vaidade (mesmo que velada), achando-se ou sentindo-se melhor médium do que seus irmãos de caminhada, pensem e revejam mesmo se é isso que o Alto deseja. Veja se tem condições espirituais e financeiras de iniciar um terreiro, pois quando é prá ser, o Alto nos mostra o caminho e nos dá condições. Até porque o sacerdote não é melhor médium que ninguém, mas sim é o que mais tem a resgatar e a espiritualidade superior achou por bem lhe dar essa “coroa de chefia” para auxiliá-lo nesse resgate.
Para ser sacerdote consagrado pela egrégora do CECP ou outro Centro de Umbanda sério como também o Orixalá é preciso amar a Umbanda incondicionalmente, encarar a sua missão com seriedade, alegria e humildade. Ter a consciência de que está em nossas mãos o Futuro da Umbanda. O som do atabaque, a inspiração das curimbas, riquezas essas que não silenciaram nem sob chicotes, nem sob escravidão, nem sob a forma mais bruta e grotesca de homens que se diziam civilizados. Ter essa consciência é, acima de tudo, trazer e fazer no nosso tempo a alegria que foi roubada no passado. Entendendo que não somos melhores do que ninguém, mas sim os mais necessitados de amparo do Alto, para honrarmos a missão que nos foi confiada. Portanto, tem antes que aprender a ser médium! E aprender a ser médium não é só incorporar Guia, sentir vibração das energias-Orixás e dar consulta. Antes tem que aprender a ser gente.

Rubens Saraceni.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

De Joelhos Sim!!!


Gero Maita

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda, é comum vermos principalmente no início e término dos trabalhos espirituais o corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns vêem esta postura como arcaica e sem sentido, porém nunca se deram ao trabalho de analisarem detidamente tal comportamento. É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam em seus rituais o Ajoelhar , exteriorização de respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter, seja para com o Divino, seja para com o próximo. Da mesma forma, o ato de postar-se de joelho fazia e faz ver aos fiéis que assistiam ou assistem uma manifestação de religiosidade, a seriedade, o respeito e a simplicidade do sacerdote, frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidades mostrar a Deus todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor e o quanto somos pequeninos diante do universo criado por Ele; e para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos. Infelizmente, é do conhecimento de todos que, ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a dar seu suor à Umbanda, existem outras tantas orgulhosas, vaidosas, "auto-suficientes" , que procuram a todo custo imporem-se aos demais, maximizando suas "qualidades" e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas, querendo submeter todos a seus caprichos. Contudo, nada mais doloroso e incômodo para estas pessoas do que ficar em posição de subserviência, de aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito é para seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba. Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos, o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí, meus irmãos, é que termina a tarefa dos encarnados e inicia-se o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda , e assim, dando luz a estas pessoas e reconduzindo- as ao rebanho Divino.

Joelhos ao chão sim !!!!

Fundanga (Pólvora)

A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético, campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em fotolitos.
A pólvora em queima, libera seus elementos sutis que interage neste campo liberando o vampirizado do cordão fluídico denso e negativo. Com o movimento frenético das moléculas dá-se o rompimento do mesmo liberando ambos os espíritos para o devido tratamento, acontecendo de forma idêntica com as larvas astrais que como ‘’carrapatos’’ do espírito se desgrudam e se desintegram na corrente elétrica provocada pela queima da pólvora.
Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos sentidos do espírito inferior.
A pólvora é um elemento material utilizado para vibracionar o campo das energias sutis do corpo, assim como a água fluidificada é carregada de energia para que atue nas células do corpo físico e também igualmente como o passe magnético potencializador dos elétrons que pulam das mãos do médium para o corpo do receptor agindo nas células do corpo físico, fazendo então uma limpeza em todo corpo astral, espiritual e perispiritual do indivíduo assistido.
Lembramos que todo o material utilizado compõe um elemento magístico poderosíssimo. Isto nos traz um alerta, quanto à manipulação e responsabilidade de utilizá-lo, visto que se não forem elaborados os procedimentos pelos Guardiões Chefe do terreiro, esse material pode ser desastrosamente utilizado com a mesma força e ação poderosa pelas trevas,.. isto implica na utilização dos mesmos pelas trevas, ativando esse portal tridimensional e soltando todos os maus elementos espirituais trevosos, causando danos e comprometimentos irreparáveis a quem esta manipulando e utilizando este elemento magístico (mesmo que por falta de conhecimento ou ingenuidade), daí a grande responsabilidade de quem preside a as executa.

POR QUE TIRAR OS SAPATOS NA HORA DE SE ENTRAR NO TERREIRO?


Norberto Peixoto

Nós, umbandistas, consideramos o terreiro e congá, um lugar imantado, Sagrado, onde foram fixadas certas forças ou vibrações positivas, que deve estar sempre limpo de fluidos negativos e onde conservamos os pontos riscados destas mesmas forças ou ordens superiores dos Orixás, mesmo porque certos preceitos são procedidos nele para movimentação e renovação permanente do Axé - força mantenedora da corrente mediúnica.
Tudo isto objetivando "facilitarmos" a descida vibratória dos Guias espirituais e haver o intercâmbio em uma egrégora elevada, propiciatória para a ligação fluídica com os médiuns.
Assim, é de obrigação de todos tirar o calçado, visto este objeto ser "anti-higiênico", pois se pisa com ele em tudo, às vezes em detritos e putrefações, ainda por estarmos em ligação com certas encruzilhadas de rua que passamos, sabendo-se que estes locais profanos são escoadouro natural das vibrações negativas ou ondas mentais coletivas eletromagnéticas,
densas e altamente materializadas, muitas vezes alimentadas pelos nefastos despachos que alimentam os planos inferiores do astral.

Mensagens das Velas

Ao acender uma vela, é possível identificar algumas mensagens:
Vela que não acende prontamente – Indica que o anjo pode estar tendo dificuldades para ancorar. O astral ao seu redor pode estar “poluído ou carregado”.
Vela queimando com chama azulada – O anjo demonstra que, devido às circunstancias, seu pedido terá algumas mudanças. Está lhe pedindo paciência, pois a realização de seu desejo já está a caminho.
Vela queimando com chama amarelada – A sua felicidade está próxima.
Vela queimando com chama vermelha – O seu pedido está sendo realizado.
Vela queimando com chama brilhante – Você está tendo êxito no seu pedido.
Chama que levanta e abaixa – Você está pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Sua mente pode estar um pouco tumultuada. Alerta para firmar o seu pedido.
Chama que solta fagulhas no ar – O anjo colocará alguém no seu caminho para comunicar o que você deseja. Poderá ter algum tipo de desapontamento antes do seu pedido ser realizado. Antes do seu pedido se realizar, você sofrerá algum pequeno aborrecimento.
Chama que parece uma espiral – Seus pedidos serão alcançados, o anjo já está levando sua mensagem. Mas, cuidado, não faça comentários de seus desejos, pois tem gente por perto querendo atrapalhar os seus pedidos.
Pavio que se divide em dois – Seu pedido foi feito de forma duvidosa, tente novamente.
Ponta de pavio brilhante – Sorte e sucesso no seu pedido.
Vela que chora muito – O anjo sente dificuldades em realizar o seu pedido. Pois, você está muito emotiva, e sem forças.
Sobra um pouco de pavio e a cera fica em volta – O anjo pede mais oração.
Se a vela apaga, depois de acesa (sem vento por perto) – O anjo ajudará na parte mais difícil do pedido, o resto cabe à você resolver. Acenda mais duas velas, para reforçar o pedido.
Chama enfraquecida – É preciso reforçar o seu pedido.
Chama que permanece baixa – De tempo ao tempo, pois esta não é a hora certa para receber o que tanto deseja. Indica que você não está bem, e há necessidade de elevar rapidamente o seu astral.
Chama que vacila – Indica que o pedido se realizará, mas antes ocorrerá alguma transformação necessária.
Quando se acende mais de uma vela e uma das chamas está mais brilhante do que as outras – Indica boa sorte.
Quando se acende mais de uma vela e, todas as chamas ESTÃO altas e brilhantes – Erga as mãos para o céu e agradeça pela benção que está recebendo em seu pedido.Quando a vela queima por inteiro: seu pedido foi plenamente aceito.
Quando a vela forma uma ESPÉCIE de escada ao lado – indica que seu pedido está se concretizando.
Quando a vela termina de queimar e sobra cera esparramada no prato, sem queimar – É sinal que você precisa acender novamente o que sobrou, pois existem energias negativas atrapalhando. Quando terminar de queimar, então acenda outra e agradeça ao seu Anjo.
Obs.: Amados Irmãos, nem todos acreditam nestas mensagens acima descritas, mas não nos custa menciona-las.

Porque Acender Vela?


A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a "energia ígnea", tal qual o charuto aceso, o carvão... A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: - água, ar, terra, fogo, mineral, vegetal e mineral. A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos. O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as sete dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

O Ato de Bater a Cabeça

O ATO DE BATER CABEÇA
Robson Sciola


O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de bater a cabeça no Congá é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.
Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.
Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém).
Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá ou congar, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.
A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios