quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Médium --- Mediunidade

O médium é o elo mais frágil de uma corrente espiritual porque muitas das suas dificuldades materiais ou desequilíbrios emocionais interferem no seu desenvolvimento mediúnico ou suas práticas espirituais.
As dificuldades materiais são: o desemprego, dívidas, insatisfação com o atual emprego, dificuldades nos negócios, doenças familiares, etc. Os desequilíbrios emocionais são: discórdias familiares, rebeldia, imaturidade para entender sua mediunidade, incapacidade para lidar com os aspectos mediúnicos de sua religiosidade, gênio agressivo, não atenção à sua mediunidade, que afeta seu sistema nervoso, impetuosidade, desarmonia doméstica, não assimilação das orientações doutrinárias, fobias, etc.
As dificuldades materiais são temporárias e, assim que o médium superá-las, recuperará seu entusiasmo e desejo de ser útil aos seus semelhantes.
Já os desequilíbrios emocionais são de difícil solução porque, em certos aspectos, as pessoas não se apercebem da existência deles, e até acham que é implicância dos outros, quando os alertam para que se trabalhem e se aperfeiçoem nos campos nos quais eles são mais visíveis. Aí, existem aqueles que, caso insistamos nos alertas, se revoltam e começam a vibrar ódio ou antipatia por quem só os e4stá alertando porque quer vê-los bem e em harmonia com a vibração da corrente sustentadora dos trabalhos espirituais.
Normalmente, o médium novo vai sendo modelado pelo comportamento dos mais velhos. Mas, por possuir sua natureza íntima, também vai modelando-a segundo o novo em sua vida que lhe está sendo mostrado.
A partir dessas duas “modelagens” aflorará um médium equilibrado e capaz de manter sua individualidade e integrá-la naturalmente à corrente a que pertence.
Mas em muitos casos a formação religiosa anterior do médium trabalha contra ele, que não faz nada para assumir uma postura mais condizente com sua nova condição religiosa, pouco contemplativa e bastante ativa, pois não está indo ao seu centro só para rezar, e sim para “trabalhar”.
O médium tem dificuldade em entender que todo o seu psiquismo precisa ser trabalhado lentamente e ir adaptando-se à sua nova condição: a de membro ativo de uma corrente espiritual.
E mesmo os espíritos que irão atuar por meio do novo médium terão de se adaptar à corrente que os recebeu e os aceitou como seus novos membros.
É comum surgirem insatisfações de todos os lados, pois o novo tem dificuldade em submeter-se ao mais velho, tanto quanto este tem dificuldade em lidar com quem não se “enquadra” automaticamente numa postura e comportamento já sedimentado no tempo e tido como norma de conduta dentro do espaço religioso construído a duras penas e sustentado com muito esforço pela corrente espiritual e pelos médiuns mais antigos, os quais há anos estão sustentando com amor e dedicação integral todo um trabalho em benefício da coletividade.
Alguns médiuns novos se intimidam e bloqueiam seu próprio desenvolvimento mediúnico e sua efetiva integração ao corpo mediúnico da casa, ou tentam impor dentro delas distúrbios comportamentais e seus vícios emocionais, também se desarmonizando e bloqueando o aflorar natural de suas faculdades mediúnicas.
Seja um médium consciente de seus deveres, pois mediunidade é sinônimo de sacerdócio e trabalho espiritual, é sinônimo de atuação dos espíritos santificados no respeito e fé em Deus e no amor à humanidade, pela qual continuam a trabalhar mesmo vivendo no mundo dos espíritos.
O médium, inconscientemente, pode ser o elemento de desagregação de correntes de trabalhos espirituais, caso não domine seus instintos, sua intolerância com a “deficiência” alheia, sua incapacidade de entender como um sacerdócio a sua mediunidade, e insista num comportamento desrespeitoso e numa postura anti-religiosa.
Mediunidade é sacerdócio e caso não se consiga ser um “grande” médium ao menos deve-se tentar ser um ótimo exemplo de religioso, pois Deus recompensa com Seu Divino e amoroso amparo religioso.
Do Livro: Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada – Rubens Saraceni

O Segredo dos Vencedores

FÉ – Os Cuidados e Cautelas com a Religiosidade das Pessoas

Saibam todos que a fé é um dos sete sentidos da vida e sua irradiação estimula nas pessoas os sentimentos de crenças, de confiabilidade, de esperança, de resignação, de tolerância e de fraternidade.
Isto é positivo e as pessoas sentem-se fortes o suficiente para resistirem às provações da vida, ao duro aprendizado da realidade do plano material e conseguem manter-se em equilíbrio mental, mesmo quando submetidas a enormes pressões sociais, calamidades ou doenças.
Através da irradiação da fé, Deus nos chega o tempo todo como resignação, paciência e perseverança, sustentando-nos nos momentos mais difíceis de nossa vida.
Saibam que a religiosidade é muito importante na vida de um ser porque desenvolve no seu íntimo os sentimentos de nobreza, caridade, confiança, perseverança, paciência, resignação, humildade, submissão, respeito, amor e fé.
Portanto, a educação religiosa ceve ser iniciada cedo, e com crianças, pois toda a sua psique será moldada quando ainda estiver aberta à absorção do padrão religioso que regulará todos os seus sentimentos.
Então precisamos ter cuidado e muito bom senso ao ensinarmos Deus a uma criança, senão sua psique codificará certas colocações como sinais despertadores de medo ou como símbolos indecifráveis ou incompreensíveis.
Portanto, uma educação religiosa deve ser agradável, elucidativa, criativa, positiva e aceitável pela psique do ser.
Nós sabemos que espíritos com os quais nos antipatizamos em outras encarnações, e que passaram a nos odiar, costumam atormentar-nos e desequilibrar-nos, pois assim se sentem vingados. Mas uma boa instrução religiosa, uma religiosidade correta e uma firme fé em Deus é a melhor proteção contra quedas vibratórias mentais, reações emocionais, negativismo psíquico e fugas da realidade da vida.
Karma – é a resultante de procedimento errôneo no trato dos sentimentos íntimos, pessoais ou alheios.
Resgatar um karma não é sofrer, mas sim aprender a lidar com sentimentos, reequilibrar-se emocionalmente, reparar débitos com fé, amor e caridade.
Fé em Deus e em suas Divindade.
Amor a Deus, à vida e aos nossos semelhantes.
Caridade para si, seus semelhantes e para toda a criação Divina, pois o simples ato de dar água e alimento a um animal faminto ou regar e adubar uma planta também é um ato de caridade.