sábado, 15 de maio de 2010

Locais Sagrados da Umbanda

Na Umbanda existem "dogmas" como em qualquer religião. Em cumprimento a esses dogmas e também aos rituais, existem aqueles que necessitam ser praticados fora do templo. Desta forma, é comum constatar que os umbandistas realizam alguns de seus trabalhos fora do ambiente dos templos.
Essa prática, cada dia mais comum, no entanto, tem transformado locais sagrados da Umbanda consagrados aos Guias, aos Orixás e a outras religiões, em verdadeiros depósitos de lixo. Isso porque alguns infelizes infiltrados em nosso meio, que se dizem umbandistas, ou então alguns irmãos umbandistas mal preparados, fanáticos e que normalmente não sabem o que fazem, levam às nossas praias, matas, cachoeiras, pedreiras, rios e lagos uma série de objetos, que muitas vezes nada têm em comum com os dogmas da Umbanda.
Esses locais de forte campo vibratório, consagrados ao plano astral da Umbanda e também a outras religiões, são a cada dia maculados, de forma que hoje é comum notarmos em nossas matas e nas cachoeiras matanças de animais. Quem pratica essas barbaridades não é o umbandista verdadeiro e sim o infeliz mistificador ou o ignorante mal preparado.
Essas pessoas, na realidade, não têm idéia do que estão fazendo no local, ao local e a elas mesmas. Desconhecem o valor sagrado, vibratório e espiritual desses locais.
As cachoeiras, que são domínios de Xangô, são de natureza vibratória limpa e condensam energias positivas, desta forma, não sintonizam com energias ou pensamentos negativos ou relacionados à magia negativa. Nos locais sagrados da Umbanda, a figura do elemento exú também está presente, mas apenas como guardião do local. Quem ensina obrigações negativas nesses locais é o quimbandeiro, que procura destruir a todo custo a prática da magia positiva ou então é o louco vampirizado, que acredita ser umbandista, praticando coisas que julga corretas já que aprendeu essa conduta com outros mais errados do que ele. E esse homem mal preparado irá, no futuro, formar outros, talvez mais fanáticos do que ele mesmo.
O umbandista que desejar entrar em sintonia com seus Guias e Orixás não deve em hipótese alguma sujar esses locais consagrados. Se tiver que ir a uma cachoeira acender uma vela (desde que saiba o que está fazendo com ela) faça-o, mas faça-o de forma que não suje as pedras e se possível permaneça no local até que a vela se apague. Depois raspe-a e enterre os resíduos. Você com certeza se sentirá melhor.

Entidades

Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em uma faixa de vibração astral, boa para o trabalho na Umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. Lá eles permanecem até a possível volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior.
Falange é um agrupamento de mais de 400 mil espíritos, que atuam em um determinado plano espiritual, ou seja, em uma determinada faixa de vibração.
Existem entidades de Alta, Regular e Baixa, faixa vibratória, e por isso elas se dividem em vários grupos: Falangeiros de Orixá, Caboclos, Pretos Velhos, Exus, Pomba-Giras, Ibeijadas e demais entidades que atuam de formas diversas. Cada falange recebe o nome de seu chefe e cada espírito dentro desta falange, atende por este mesmo nome.
Quando um médium trabalha com uma determinada entidade, ele não trabalha com um único espírito. O que ocorre é que todos os espíritos que constituem aquela determinada falange, têm uma única tônica de vibração com a qual penetram na faixa vibratória do médium, à razão de um por segundo, mantendo assim a sintonia durante todo o período que dura uma comunicação. Em outras palavras, os espíritos não trabalham isoladamente, mas "em falange", todos numa única vibração.
Embora não seja muito comum, é possivel acontecer que um mesmo espírito, embora seja uma só vibração, venha em diversas falanges, com diferentes nomes, conforme sua missão espiritual. Um espírito de certo grau de evolução pode se desdobrar na vibração, ou seja, aumentá-la ou diminuí-la, obviamente que dentro de um certo limite preestabelecido. Desta forma, essa entidade pode se apresentar ora numa faixa, ora em outra. Por exemplo: Se ela atua normalmente sob a linha do Oriente, pode num desdobramento de vibração, apresentar-se na forma de um caboclo, embora conserve também suas características essenciais.
Necessário também é, compreender-se à diferença entre hierarquia terrena e evolução espiritual. Algumas pessoas pensam que a posição hierárquica de uma entidade corresponde à sua posição na vida física anterior. Isto não corresponde à verdade porque as falanges não se agrupam conforme as raças ou costumes da vida terrena, mas sim de acordo com o grau de evolução espiritual e afinidade vibratória.
Desta forma, um espírito pode se apresentar, por exemplo, como um caboclo, apenas para ter um melhor acesso a um médium e a seus consulentes.

Pretos Velhos
É interessante observar, entretanto, que nem todo Preto-Velho ou Preta-Velha na Umbanda, foi realmente um escravo(a) em sua última encarnação. Em alguns casos, esses espíritos nem encarnaram naquela forma ou naquela época. Porém, assumem aquela identidade apenas para um melhor diálogo. Para uma melhor comunicação, com aqueles que os procuram em busca de uma ajuda espiritual.

Os Caboclos

São entidades, espíritos de índios brasileiros e Sul Americanos, que trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, nos ensinando a amar ao próximo e a natureza, são entidades que tem como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé, pois é através da fé que tudo se consegue. Usam em seus trabalhos ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física, ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, que limpam a nossa áurea e proporcionam uma energia de força que irá nos auxiliar para que consigamos o objetivo que desejamos, não existe trabalhos de magia que possam lhe dar empregos e favores, isso não é verdade, o trabalho que eles desenvolvem é o de encorajar o nosso espírito e prepara-lo para que nós consigamos o nosso objetivo. A magia praticada pêlos espíritos de caboclos e pretos velhos é sempre positiva, não existe na Umbanda trabalho de magia negativa, ao contrário, a Umbanda trabalha para desfazer a magia negativa. Os caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem a mais forte magia que existe atualmente, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins, mais a frente falaremos um pouco mais sobre os pontos riscados de Umbanda. Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Todo esse material será disposto encima de uma mandala ou ponto riscado, para que esse direcione o trabalho. Quando fazemos um trabalho para uma entidade de Umbanda e colocamos algum prato de comida, não é para o Caboclo comer, espíritos não precisam de comida, o alimento que esta ali depositado, serve como alimento espiritual, isto é, a energia que emana daquela comida e transmutada e utilizada para o trabalho de magia a favor do consulente, da mesma forma o charuto que a entidade esta fumando é usado para limpeza, do consulente através da fumaça e das orações que estas entidades fazem no momento da limpeza, são os chamados passes de Umbanda.

Mediunidade de Incorporação

No mecanismo da mediunidade de incorporação, o espírito do médium afasta-se momentaneamente do corpo durante a comunicação de seu Guia.
É consciente quando o Guia atua apenas sobre o cérebro do médium, que por sua vez recebe os pensamentos da entidade e os transmite muitas vezes com as próprias palavras. Em razão desse fenômeno, muitos médiuns principiantes, acham que as mensagens transmitidas, são seus próprios pensamentos. A falta de confiança é um sério motivo de inibição ao desenvolvimento desse tipo de mediunidade. O médium nessa situação, normalmente aumenta muito a sua sensibilidade e passa com o tempo a notar (quando se entrega totalmente) movimentos dos braços, das pernas e da boca sem a sua interferência. A consciência é mediunidade de prova e testa constantemente a fé de um médium em relação a sua missão. Se for um bom médium (bom médium é aquele que é dedicado a sua missão) não dará importância a esse fenômeno e seguirá com a sua missão até o final sem tropeços.
É semiconsciente quando o Guia atua sobre o cérebro e o duplo etérico e movimenta os órgãos da fala e os membros do médium, mas o médium tem ainda em grande parte a consciência do que ocorre a sua volta já que percebe em grande parte as mensagens que lhe chagam ao cérebro.
É inconsciente quando o Guia atua de forma ampla sobre o espírito, o cérebro e o duplo etérico do médium, ocasião em que o médium adormece, mas permanece ao lado do seu corpo.
Na aproximação do Guia que tenta fazer as ligações necessárias entre ele e o médium, são comuns os tremores do corpo e o aumento forte da respiração do médium, esse fato ocorre devido ao deslocamento sutil do duplo etérico do médium. As ligações de um Guia ao corpo astral de seu médium, são complexas e difíceis de explicar e exige do Guia, também grande aprendizado. Por esse motivo, os sofredores necessitam do auxilio de um Guia ou protetor para poderem se comunicar, ocasião em que o Guia faz as ligações entre o espírito comunicante e o médium.
Mas o importante é comparecer aos trabalhos nos dias combinados e fazermos a nossa parte, de resto, nada mais é importante nesse assunto.
Compreenda que se um médium não é inconsciente, mas diz que é, ele mente. Se alguém mente, é porque esse alguém esconde alguma coisa ou fantasia alguma coisa em sua mente, desta forma, até que fique provado que um médium é realmente o que diz ser, deve-se desconfiar sempre dele, principalmente os que se dizem totalmente inconscientes.
Sempre desconfie, porque, pelo que transmito aqui, essa faculdade não é comum. Não esqueça, se alguém mente...
Médiuns videntes
Desconfie sempre também, daqueles que se dizem VIDENTES.
A vidência momentânea é comum e a maioria das pessoas a possui, porém, a vidência total, na qual algumas pessoas dizem ver espíritos, não é somente rara, é excepcional, sendo necessário ao médium com essa qualidade possuir elevado padrão moral.
Vale ressaltar mais uma vez, que o importante é a certeza do dever cumprido, não importando o tipo da mediunidade ou sua classificação. Importante é o médium comparecer aos trabalhos e trabalhar para ajudar seu próximo. Muitos médiuns são conscientes, desde o início até o final de sua missão, e são bons médiuns. São médiuns firmes e corretos nos quais podemos confiar, e são médiuns felizes, que conscientes e convictos de sua missão e merecimento, cumprem o seu dever. Se este é ou vier a ser o seu caso, SEJA FIRME em seus atos, pensamentos e atitudes.
Caso verídico
Certa vez quando ainda era muito jovem e no início do meu desenvolvimento, visitei certa tarde um terreiro muito estranho. Uma pessoa havia feito um comentário para minha Mãe de Santo sobre o local e eu muito curioso como sempre, fui até lá.
Quando entrei no local, não vi nada de anormal, lá estava o altar, o espaço reservado para assistência, etc. Nesse local a Mãe de Santo não incorporava e simplesmente ordenava os trabalhos e essa mulher se dizia “médium vidente”.
A mulher dizia a todo instante que estava vendo caboclo fulano e o caboclo cicrano... Em dado momento olhou para mim e veio conversar. A princípio me deixou feliz, dizendo que estava vendo o meu Guia ao meu lado e em seguida me deixou triste ao fazer o seguinte relato:
A sua vida meu filho está toda atrapalhada (o que não era verdade) porque estou vendo que você teve um relacionamento com uma mulher casada e essa mulher lhe fez um trabalhinho que o está atrapalhando (o que também era mentira).
Levantei e sem dizer nada e fui embora. Eu nunca tinha tido tal relacionamento o que indicava claramente que a mulher mentia e não tinha vidência alguma. Qual era então o objetivo daquela mulher?
Eu lhe digo, ela queria o meu dinheiro. Se ela tivesse conseguido me acuar psicologicamente sob a alegação de trabalho feito, iria pedir dinheiro para quebrar o trabalho. Na porta desse local, no entanto, lá estava a placa com o nome Umbanda.
Que existem médiuns videntes não há dúvidas e eles são muito úteis em qualquer trabalho espiritual. Agora seja sempre como eu, seja como São Tomé (1), antes tenha certeza do que ouve desses médiuns. Na dúvida fique longe deles, porque o objetivo é sempre um só, extorquir o dinheiro do próximo ou tirar algum proveito de alguma situação que o interessa.

Praias, Lagos , Rios, Cachoeiras

As Praias

As praias, rios, lagos e cachoeiras, por sua característica vibratória, devolvem tudo que junto a esses locais seja vibrado, mesmo que essas vibrações sejam negativas. Isso também indica que o infeliz que comparecer a esses locais e lá desejar o mal de alguém, receberá de volta e imediatamente, tudo aquilo que vibrou ou pediu contra o seu próximo.
Nesses locais podemos fazer pedidos que necessitem de urgente resposta, tais como aqueles ligados a doenças ou enfermos. O retorno de Iemanjá e suas falanges é rápido, porém não são duradouros, ou seja, a obrigação terá que ser refeita ou realimentada depois de certo período ou ainda refeita nas matas.
Se você nunca foi a Praia Grande/SP no mês de Dezembro, ainda não teve a oportunidade de presenciar as bandalheiras que nesse mês são praticadas em nome de Iemanjá. Lá podemos ver tudo (de errado) que é praticado em nome da Umbanda. Os seguidores do Candomblé para lá também se dirigem com suas belas roupas e suas oferendas e nada temos a ver com esse procedimento, pois, como já foi citado, nada temos em comum com as práticas do Candomblé. Ocorre que muitos terreiros copiam esses rituais, objetos ou situações praticadas no Candomblé e as impõem em seus fracos terreiros, deturpando cada dia mais os rituais de Umbanda.
Cito como exemplo o uso do Adejá, a sineta usada pelo Candomblé, no sentido de chamar o Santo na cabeça do médium, fato que nada tem em comum com a Umbanda e é amplamente usada em muitos terreiros de Umbanda. Certa vez perguntei a uma pobre alma, que se dizia Mãe de Santo de um minúsculo e desorganizado terreiro, o porquê do uso do Adejá. Ela simplesmente respondeu: “É para chamar e afirmar o Santo”. Aquela ignorante em rituais de Umbanda desconhece que na Umbanda não existe a incorporação dos ditos encantados ou Santos do Candomblé e usava o Adejá porque aprendeu a usar a sineta com alguém mais errado do que ela.
Em matéria de mistificação e de vaidade, a praia fica cheia nas noites de Dezembro na Praia Grande e acreditamos que também em outros locais do Brasil. Vemos crianças participarem dos trabalhos e serem giradas até a tontura extrema, forçando uma incorporação que não poderá ocorrer em um ser humano com aquela idade, tendo em vista que o seu sistema mediúnico ainda não está desenvolvido o suficiente, fato que só tem inicio na adolescência.
Constatamos mulheres com vestidos azuis ou coloridos, que em nossa opinião são desconfortáveis nesses trabalhos; atabaqueiros e médiuns trajando camiseta regata e bermudas; caboclos com penachos e roupas reluzentes, mais parecendo que estão se preparando para um desfile de carnaval; bebidas a vontade espalhadas pelo chão; afirmações de pontos de exú na entrada dos terreiros, fato anormal, já que o correto é fazer as firmezas da tronqueira longe da praia; pessoas assando churrasquinhos e bebendo cerveja no local reservado aos rituais e, o que é ainda pior, durante os rituais.
E um sem fim mais de absurdos que lá são mostrados a leigos e ignorantes em relação ao que praticamos, bem como, a outros ignorantes e fracos de cabeça que se intitulam Pais de Santo, que ao verem determinado objeto ou prática em outro terreiro deturpado, também irão implantar nos seus, deturpando ainda mais os nossos rituais.
Quando o dia amanhece, temos então o desprazer de encontrar a praia imunda, cheia de garrafas de champanhe vazias, barquinhas de isopor, flores, cabelos, pentes, espelhos e toda uma parafernália de sujeira depositada na praia.



As Matas

As matas, os campos e as campinas, ao contrário das águas, possuem a característica vibratória de afirmar todos os trabalhos lá depositados.
As matas consolidam as vibrações geradas por pedidos feitos através da mente humana, mesmo que esses pedidos sejam negativos. As matas afirmarão qualquer trabalho de forma duradoura, por esse motivo o quimbandeiro as utiliza muito, fazendo despachos ematando animais dentro das matas.
O umbandista verdadeiro, no entanto, fará obrigações ou trabalhos que busquem a durabilidade positiva, tais como batismos, afirmações, coroações, etc.
Você, umbandista, toda vez que se dirigir às matas para fazer os seus trabalhos, faça a sua obrigação de modo que não suje o local e também não coloque fogo nas matas, como muitas vezes vimos acontecer. Se você vai acender velas nas matas, proteja o local da obrigação de forma que a possibilidade de um incêndio deixe de existir.
Existem pessoas tão irresponsáveis e ignorantes que julgam que tudo o que a natureza nos oferece está no mundo ao seu dispor. Comparecem aos locais da natureza e o destroem, para eles pouco importa se outras formas de vida lá também vivem, mas existe uma diferença.
"Essas formas de vida habitam a natureza em harmonia".
Diferentes do homem ignorante sofrem um sem fim de perseguições e destruições de seu mundo selvagem. Os desmatamentos criminosos ocorrem a todo instante nas mãos dos ignorantes e dos que buscam por lucro fácil, ainda que para isso necessitem destruir o que não lhes pertence.
Se voce é umbandista seja responsável, se for as matas fazer qualquer obrigação, verifique o local e o proteja de um incendio. Muitos vão as matas e lá depositam suas obrigações, muitas vezes sem saber o que estão fazendo no local. Levados pelo fanatismo (e não pela fé) arreiam obrigações sem fundamento, acendem velas e as abandonam acesas no local sem a preocupação de limpar o local de forma que o perigo de um incendio não venha a ocorrer.
Para esses só podemos dispensar um sentimento;
A piedade!

As Pedreiras

As pedreiras, como as matas, também possuem a característica de afirmar trabalhos vibratoriamente, porém, com a diferença de não afirmar vibrações negativas.
Por serem domínios de Xangô, cujo objetivo primário é a justiça, ele não permitirá as afirmações de ondas negativas e devolverá de imediato tudo o que lá for afirmado ou vibrado. Ao contrário das águas, a afirmação vibratória será duradoura. No local podemos fazer então batismos, coroações e outras afirmações positivas.

As Cachoeiras

As cachoeiras também são domínios de Xangô e são em conjunto consagradas a Oxum.
As vibrações das cachoeiras são de características vibratórias limpas e puras. Essas vibrações servem para o nosso reajustamento vibratório, o que nos auxilia no desenvolvimento da mediunidade e na afirmação de nossos Orixás de cabeça. Os banhos de cachoeira descarregam e purificam espiritual e materialmente, lavando desta forma nosso corpo físico e astral, eliminando larvas, miasmas e cascões astrais.
O banho de cachoeira descarregará qualquer carga de feitiçaria, tais como as famosas feridas que não curam com a medicina do homem, desde que, é lógico, se tenha em conjunto a assistência do plano espiritual. Os banhos de cachoeira devem ser feitos em cachoeiras previamente preparadas para tal, ou seja, devem estar limpas de despachos e oferendas sem sentido, lá depositadas por incautos ou ignorantes em relação ao local. Tudo deverá ser recolhido com as mãos envoltas em sacos plásticos pretos (por ser a cor isolante), amontoado e queimado, ou ainda, enterrado. Somente após tome o banho, mediante uma evocação séria das forças reinantes no local.
Acender velas em cachoeiras, em nossa opinião, é algo desnecessário, já que somente sujam o local. A maioria das pessoas as acende a esmo, sem compreender o funcionamento das velas, que não iluminam e não dão luz a ninguém no mundo espiritual, como muitos pregam. Devido às condições naturais onde estão localizadas as pedreiras e as cachoeiras, já que venta muito no local, dificilmente as velas permanecerão acesas até o final, interrompendo as ondas por ela emitidas e em seguida deixando mais um pouco de sujeira e de lixo no local.
Todas as vezes que vamos às cachoeiras levando a corrente, sempre enviamos na frente alguns médiuns, no sentido de limpar o local para podermos realizar um descarrego decente. Sempre que lá chegávamos, encontrávamos as matanças e as obrigações sem fundamento. É incrível a capacidade de matar animais de alguns ignorantes que, na realidade, se comprazem nas matanças, julgando estarem praticando um ato sagrado ou Divino. Sempre os julgamos irresponsáveis e cegos espirituais e, para esses (todos eles), só nos resta desejar um sentimento: